Com
base na proposta e nos conteúdos apresentados e fornecidos, decidi construir o
meu trabalho de cariz auditivo, como pedido, mas através de processos naturais.
Para reforçar a ideia de “natural” e
do “sem eletricidade”, optei pela adoção do conceito do “telemóvel de copo”.
Algo tão simples que sempre me fascinou, requer apenas um amigo, dois copos e
um fio! Esta ciência quase poética fazia-me questionar e hoje depois deste
trabalho consegui dar ao meu eu de 2010 respostas.
Ao falar para dentro de um copo, fazemos com que o ar no dele vibre para a frente e para
trás muito rapidamente (aproximadamente 1000 vezes por segundo). E é isso o que
nós chamamos de som. Essa vibração vai se propagar até bater no fundo do copo,
que acabará a funcionar como uma membrana, passando a vibrar também muito
depressa para frente e para trás.
Essas
vibrações não são visíveis porque o fundo do copo movimenta-se pouco e rapidamente.
Toda a “magia” acontece quando ao copo em movimento se acrescenta um fio ligado
a um segundo copo. O fundo do copo faz com que puxe e liberte o fundo do outro
copo que também acaba por seguir o movimento, como se fosse uma membrana. Esse
puxar e soltar gerará vibrações para dentro do segundo copo. Assim sendo, se
outra pessoa colocar o ouvido próximo, poderá ouvir a voz de quem falou no
primeiro copo de forma bastante nítida.
O segredo
para o telefone funcionar está no fio que une os dois copos e que deve estar
bem esticado, de maneira que possa transmitir os puxões dados por uma membrana
para a outra, ou seja, conduzir o som de um copo para o outro. Assim, a voz
viaja pelo fio e chega ao outro lado,
Com objetivo de tornar isto mais
eficaz, mas não desfazendo o conceito, mantive os copos e alterei os fios por
tubos condutores de som, para evitar a necessidade de estarem esticados.
O meu processo passou por criar uma estrutura grande o suficiente para que eu
conseguisse caber la dentro, o objetivo era que estiticamente fizesse lembrar
as cabines telefónicas inglesas, no entanto, recheada de esponja isoladora,
para reservar todo o som emitido por mim, do interior da caixa, até de facto
haver a intenção de o passar para fora através do telefone.
O que correu mal:
Ao incluir no trabalho a minha
participação através do interior da caixa, isso implicou uma rutura no seu
isolamento, fazendo assim com que, apesar de isolar o som, não o fazia a 100%
tornando o meu objetivo de fazer sons mais agressivos no interior da caixa,
inalcançável.
Para além de que, esponja isoladora é muito cara e tive de
recorrer ao mais acessível.
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Tarefas: - Pesquisar como fazer dar certo o telefone de fios - Fazer lista de materiais para executar a minha ideia -Procura online da esponja isoladora mais económica - Arranjar todos os materiais da lista (esponja, fita cola isoladora, tinta spray, 2 caixas de papelão, tubos condutores de som, copos de plástico) - Trazer todos estes materiais, alguns de grande dimensão para a faculdade * - Fazer das duas caixas uma - Isolar a caixa - Furar os copos e colocar o tubo - Furar a caixa e colocar os tubos com os copos - Ver se funcionava (se isolava, se passava o som apenas pelo tubo) * - Pintar a caixa - Gravar o vídeo * - Apresentar
`* Pessoas envolvidas na produção - O meu namorado, o Miguel, trouxe-me os materiais de carro e ajudou-me a leva-los até à sala - Os colegas da turma que iam passando, colocavam o copo no ouvido para ver se conseguiam ouvir - A colega de turma, a Victoria, que me ajudou aparecendo no vídeo |