Atelier I - Multimédia

Para esta proposta eu decidi realizar um projeto baseado no jogo do plinko.

 Achei interessante a possibilidade de integrar objetos do quotidiano.

Objetos estes que normalmente não damos devida atenção ao seu carácter e potencial sonoro.

Queria também realizar algo que pudesse evocar a sensação de criança (visto que o plinko é um jogo que era relativamente conhecido e utilizado por crianças no passado) na pessoa que observa/interage, e fazer algo que proporcionasse um bom momento (que apesar de curto podia ser reutilizado) ao espectador que decide brincar e jogar.

Materiais

 ·      Agrafador de escritório;

 ·    Placas e pedaços de madeira;

 ·      Contraplacado;

 ·      Acrílico;

 ·      Tinta spray azul;

 ·      Paralelepípedo de madeira;

 ·      2 garrafas de vidro (diferentes formatos e tamanhos);

 ·      2 canetas de cozinha (diferentes tamanhos e som);

 ·      Lata de amêndoas da páscoa;

 ·      Candeeiro;

 ·      Parte de uma tampa de uma caixa de lápis de cor de alumínio;

 ·      Ancinho pequeno;

 ·      Tubo de alumínio;

 ·      Pedaço metálico com rodas;

 ·      Chapa grossa de alumínio;

 ·       10 Piezos;

 ·      Cabo elétrico c/ 2 condutores;

 ·      10 Jacks mono;

 ·      Berlindes de vidro e cerâmicos;

 ·      Bolas de matraquilhos;

 ·      Fita cola de papel;

 ·      Fita cola isoladora elétrica preta;

 ·      Ferro de soldar;

 ·      Terceira mão;

 ·      Fio elétrico;

 ·      Taça de cereais;

 ·      Colunas;

 ·      Mesa de mistura com 12 entradas para jacks.

 ·      Cortina cinzenta.

 ·      Placa preta (de fundo).

Ferramentas utilizadas na construção da peça:

 ·      Banco de carpinteiro;

·      Cola e veda;

 ·      Super cola 3;

 ·      Parafusos, porcas e anilhas;

 ·      Aparafusador;

 ·      Broca;

 ·      Rebarbadeira;

 ·      Lixa de metais;

 ·      2 algemas de plástico;

 ·      2 camarões de alumínio.

Processo/Ficha técnica

Após reunir materiais que me agradavam (em termos sonoros) passei para a construção da minha peça:

Cortamos a madeira e o contraplacado nas medidas que necessitava e utilizamos parafusos, porcas, a cola e veda, algemas de plástico, super cola 3 e camarões de alumínio para afixar ou pendurar os objetos em questão.

 Para encaixar o acrílico realizamos uma brecha na base da peça (com a grossura do acrílico para que encaixasse justamente), e posteriormente colei dois pedaços de madeira em cima, e dois pedaços de contraplacado nas laterais interiormente (para que o acrílico não caísse para dentro da peça com a inclinação da mesma).

 (para esta tarefa de construção tive a ajuda do meu pai, Joaquim Fial, sendo que este me transmitiu cuidados e conhecimentos a ter em relação a certos materiais e ferramentas na área das madeiras)

 De seguida decidi pintar toda a peça de azul com tinta spray, menos os objetos.

 Após ter a peça mais ou menos contruída, decidi fazer algumas alterações no posicionamento dos objetos e parti para a soldagem dos piezos.

Para essa tarefa utilizei a manga termo-retrátil, fita cola isoladora elétrica, cabo elétrico com dois condutores, jacks mono, ferro de soldar e a terceira mão.

Todo este processo foi realizado ao longo de semanas, pelo que existiram vários contratempos e problemas no caminho, que foram sendo resolvidos tendo em conta as possibilidades de tempo, dinheiro, e materiais disponíveis.

 Em geral devo dar crédito aos meus colegas de turma, que me ajudaram com sugestões, conhecimentos e me emprestaram materiais ao longo de todo o processo, desde a ideia inicial até ao produto final.

Referências/inspirações

Para este projeto eu acabei por fazer a pesquisa de outros artistas após já ter a minha ideia pensada, no entanto achei relevante fazer a referência dos seguintes.

 “Splendour Lender” de Jelle Mastenbroek

 http://www.everydaylistening.com/articles/2017/6/4/splendour-lender.html

 Este projeto fez-me lembrar a tal utilização dos objetos do quotidiano que também acontece no meu projeto, envolvendo a interação do espectador para “ligar” a peça.

 “Vertical Studies at Sonic Acts” de Espen Sommer Eide e Signe Lidén

http://www.everydaylistening.com/articles/2017/2/6/vertical-studies-at-sonic-acts.html

 Este projeto, apesar de aqui os espectadores realizam uma ação ascendente (subir as escadas) fez-me pensar na utilização da gravidade e os desvios evidentes de trajetória no meu projeto devido ao encontro de obstáculos.

“Tasteful Turntable” de Nikolaj e Lars Kynde

http://www.everydaylistening.com/articles/2015/10/28/tasteful-turntable.html

 Este projeto (relacionando com o meu) simplesmente me fez pensar na interatividade com o espectador, e no que as ações/objetos banais podem ter de interessante por descobrir (como os seus sons, formas, sabores, texturas, etc).

Para a instalação da minha peça em si, e após as sugestões do professor em relação à altura da mesma, decidi elevar um pouco a peça do nível do chão, para que fosse mais fácil apanhar as bolas para voltar a jogar. Coloquei um fundo preto e decidi deixar a mesa e as colunas à mostra. Acrescentei também um suporte que já se encontrava na sala para colocar a minha taça com as bolas para o jogo.