Entrega Final

Base de dados com documentação dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes.


Sinal à Deriva, Alexandre Soares, 2022
 


A ideia ocorreu-me durante a aula, quando o professor apresentava projetos de alunos de anos anteriores. Apareceu um trabalho sobre a potência geomagnética da Terra que, apesar de ser todo um tema completamente diferente, levou-me numa linha de pensamento acerca dos planetas e o espaço. Foi aqui que me lembrei de uma palestra que tinha visto na internet com o Neil deGrasse Tyson sobre a derivação do tempo em função da gravidade e a possibilidade da “viagem no tempo”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Ao longo das primeiras semanas fui apontando outras possíveis ideias para o trabalho mas, quando me deparei com a seleção, não tive margem de dúvida de que era este tema que queria abordar. Sempre tive uma certa atração por estas áreas aprofundadas pelas ciências e, queria fazer essa ponte para este trabalho.

Comecei por rever entrevistas de astrólogos e vídeos de canais que explicassem o assunto (selecionei os mais relevantes e que achei mais acessíveis, os url’s estão no final).


 

 

Num dos vídeos percebi que medidas como energia, velocidade e frequências (cujas fórmulas dependem do tempo), são mudam conforme a distorção do tempo. Parece-me intuitivo que quanto mais nos aproximarmos do ponto de Singularidade de um buraco negro (ponto central da esfera), o tempo dilatar-se-á e, por conseguinte, o comprimento de uma onda diminuirá aumentando assim a frequência da onda.

F= Nº de ondas/unidade de tempo

Também ainda, chegou-me esta fórmula que relaciona a diferença temporal entre dois pontos, relativamente ao event horizon. Isto permitir-me-ia calcular a frequência para os diferentes pontos.

 


 


No meu projeto teria que definir um ponto de Singularidade e queria colocar estrategicamente vários pontos pela faculdade onde demonstraria as várias frequências. Quatro. Pareceu-me ser uma quantidade suficiente e necessária.

Assim, comecei por estabelecer os locais para o trabalho e, de seguida, verifiquei se as equações se aplicavam e de que valores estaria a trabalhar. Fiz várias simulações e a meio apercebi-me que estava de que a relação entre as frequências se tratava de um crescimento exponencial (que ter-me-ia apercebido mais cedo se não tivesse já esquecido o que faz uma raiz na expressão numérica de uma função). Ora, na prática, isto implicava que se iria notar mais a diferença entre as frequências quanto mais perto do event horizon estivessem, de maneira que abandonei a ideia de colocar um ponto na entrada de cada pavilhão, e coloquei um na entrada da faculdade, um na entrada do pavilhão sul, um à porta da sala e um junto à janela da sala (que defini como sendo o local do event horizon).

Por fim, cheguei aos valores necessários para se definisse um ponto, os outros facilmente calculava.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Definidos os locais, estava na hora de me focar na parte “plástica” do trabalho.

Inicialmente, estava curioso acerca de trabalhar com o som de solenoides a embater num objeto (como tinha visto num dos exemplos que o professor apresentou). No entanto, bastou-me uma breve pesquisa para me aperceber que as frequências que iria utilizar não conseguiria reproduzir com os solenoides e, era sem dúvida uma solução bastante dispendiosa pois teria que usar arduinos em quatro locais diferentes.

A solução que pensei a seguir foi produzir os sons no “max” e ligá-los a colunas para os amplificar. Isto agradava-me. As ondas teriam exatamente a frequência que eu escolhesse, visto que eram concebidas digitalmente, e tinha aprendido precisamente como fazer isto durante as aulas.

 

 

 

 

 


O único problema é que teria que arranjar quatro computadores diferentes. Foi então que alguém (não me recordo exatamente quem) me perguntou: “Porque não gravas o som e o reproduzes em mp3s?”. Era perfeito. Uma solução extremamente acessível, visto que tinha mp3s ou telemóveis antigos em casa que podia ligar às colunas e deixá-los reproduzir incessantemente a frequência que queria…

Tentei ainda fazer algo analógico, seguindo uma sugestão do professor. Comecei por soldar cabos a um buzzer e ligá-los a uma placa com um botão. Isto poderia ser uma solução se conseguisse controlar a frequência emitida, mas isso não dá. Tentei então montar um oscillator (seguindo este vídeo:

).

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Comprei os materiais, soldei os cabos trs, juntei duas baterias de 9v e montei o circuito. Não funcionou. Quando fui a Coimbra nesse fim de semana, falei com um amigo de eletrotécnica que me corrigiu a entrada do capacitor.

 

 

 

 

 

 

 


Assim, tinha um circuito que me permitia produzir analogicamente a frequência que quisesse. No entanto, esta solução surgiu-se, mais uma vez, dispendiosa. Consegui montar o circuito, mas custou-me cerca de 25$ e tinha ainda mais 3 para montar e, para cada um, precisava de uma mesa para ligar antes de passar para a coluna.

 

Por fim, optei por dar continuidade à proposta através do “max” colocando mp3s ligados a colunas em cada local. Consegui assim, montar um projeto que não só me permitiu aprender acerca de um tema do meu gosto, bem como sensibilizar o observador numa abordagem a este fenómeno que efetivamente está presente no nosso dia a dia, mas a uma escala que nos é imperceptível.

 

Videos que achei relevantes para este trabalho:

 

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Tarefas realizadas:

- Concepção da ideia/projeto;

- Determinação dos pontos e frequências;

- Construção de um circuito modelo de um oscillator (posteriormente não utilizado);

- Produção e gravação das frequências no Max;

- Montagem das colunas e ligação aos MP3 com os ficheiros;

- Preparação e impressão do texto e imagem de apoio à peça;


Pessoas envolvidas:

- Alexandre Soares - conceção e realização do projeto.

- Professor André Rangel Macedo -  ajuda e sugestões na parte plástica do projeto.

- Filipe Lopes (estudante de Informática e Eletrotécnica) - correção de ligações no circuito do oscillator.


https://drive.google.com/file/d/1_M3axIZMXOMN1fZAH_81AP3oN-RfkXR8/view?usp=sharing