A ideia
ocorreu-me durante a aula, quando o professor apresentava projetos de alunos de
anos anteriores. Apareceu um trabalho sobre a potência geomagnética da Terra
que, apesar de ser todo um tema completamente diferente, levou-me numa linha de
pensamento acerca dos planetas e o espaço. Foi aqui que me lembrei de uma
palestra que tinha visto na internet com o Neil deGrasse Tyson sobre a
derivação do tempo em função da gravidade e a possibilidade da “viagem no
tempo”.
Ao longo das
primeiras semanas fui apontando outras possíveis ideias para o trabalho mas,
quando me deparei com a seleção, não tive margem de dúvida de que era este tema
que queria abordar. Sempre tive uma certa atração por estas áreas aprofundadas
pelas ciências e, queria fazer essa ponte para este trabalho.
Comecei por
rever entrevistas de astrólogos e vídeos de canais que explicassem o assunto
(selecionei os mais relevantes e que achei mais acessíveis, os url’s estão no
final).

Num dos
vídeos percebi que medidas como energia, velocidade e frequências (cujas fórmulas
dependem do tempo), são mudam conforme a distorção do tempo. Parece-me
intuitivo que quanto mais nos aproximarmos do ponto de Singularidade de um
buraco negro (ponto central da esfera), o tempo dilatar-se-á e, por
conseguinte, o comprimento de uma onda diminuirá aumentando assim a frequência
da onda.
F= Nº de
ondas/unidade de tempo
Também
ainda, chegou-me esta fórmula que relaciona a diferença temporal entre dois
pontos, relativamente ao event horizon.
Isto permitir-me-ia calcular a frequência para os diferentes pontos.
No meu
projeto teria que definir um ponto de Singularidade e queria colocar
estrategicamente vários pontos pela faculdade onde demonstraria as várias
frequências. Quatro. Pareceu-me ser uma quantidade suficiente e necessária.
Assim,
comecei por estabelecer os locais para o trabalho e, de seguida, verifiquei se
as equações se aplicavam e de que valores estaria a trabalhar. Fiz várias
simulações e a meio apercebi-me que estava de que a relação entre as
frequências se tratava de um crescimento exponencial (que ter-me-ia apercebido
mais cedo se não tivesse já esquecido o que faz uma raiz na expressão numérica
de uma função). Ora, na prática, isto implicava que se iria notar mais a
diferença entre as frequências quanto mais perto do event horizon estivessem, de maneira que abandonei a ideia de
colocar um ponto na entrada de cada pavilhão, e coloquei um na entrada da
faculdade, um na entrada do pavilhão sul, um à porta da sala e um junto à
janela da sala (que defini como sendo o local do event horizon).
Por fim,
cheguei aos valores necessários para se definisse um ponto, os outros
facilmente calculava.
Definidos os
locais, estava na hora de me focar na parte “plástica” do trabalho.
Inicialmente,
estava curioso acerca de trabalhar com o som de solenoides a embater num objeto
(como tinha visto num dos exemplos que o professor apresentou). No entanto,
bastou-me uma breve pesquisa para me aperceber que as frequências que iria
utilizar não conseguiria reproduzir com os solenoides e, era sem dúvida uma
solução bastante dispendiosa pois teria que usar arduinos em quatro locais
diferentes.
A solução
que pensei a seguir foi produzir os sons no “max” e ligá-los a colunas para os
amplificar. Isto agradava-me. As ondas teriam exatamente a frequência que eu
escolhesse, visto que eram concebidas digitalmente, e tinha aprendido
precisamente como fazer isto durante as aulas.
O único
problema é que teria que arranjar quatro computadores diferentes. Foi então que
alguém (não me recordo exatamente quem) me perguntou: “Porque não gravas o som e o reproduzes em mp3s?”. Era perfeito.
Uma solução extremamente acessível, visto que tinha mp3s ou telemóveis antigos
em casa que podia ligar às colunas e deixá-los reproduzir incessantemente a
frequência que queria…
Tentei ainda
fazer algo analógico, seguindo uma sugestão do professor. Comecei por soldar
cabos a um buzzer e ligá-los a uma placa com um botão. Isto poderia ser uma
solução se conseguisse controlar a frequência emitida, mas isso não dá. Tentei
então montar um oscillator (seguindo este vídeo: ).
Comprei os
materiais, soldei os cabos trs, juntei duas baterias de 9v e montei o circuito.
Não funcionou. Quando fui a Coimbra nesse fim de semana, falei com um amigo de
eletrotécnica que me corrigiu a entrada do capacitor.
Assim, tinha
um circuito que me permitia produzir analogicamente a frequência que quisesse.
No entanto, esta solução surgiu-se, mais uma vez, dispendiosa. Consegui montar
o circuito, mas custou-me cerca de 25$ e tinha ainda mais 3 para montar e, para
cada um, precisava de uma mesa para ligar antes de passar para a coluna.
Por fim,
optei por dar continuidade à proposta através do “max” colocando mp3s ligados a
colunas em cada local. Consegui assim, montar um projeto que não só me permitiu
aprender acerca de um tema do meu gosto, bem como sensibilizar o observador
numa abordagem a este fenómeno que efetivamente está presente no nosso dia a
dia, mas a uma escala que nos é imperceptível.
Videos que achei relevantes para este trabalho:
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