Esta proposta de trabalho consistia na idealização e realização de um projeto envolvendo programação e computorização através
dp microcontrolador Arduino Uno.
Nesta fase, o principal objetivo era a exploração do programa, assim como a obtenção de novas aptidões em relação ao mesmo.
Juntando à programação, deveríamos idealizar esteticamente, um projeto que funcionasse em conjunto com o mesmo de forma
harmoniosa. Após a formação dos grupos colocamos mãos à obra. Como já referimos em cima, o principal objetivo do projeto era fazer algo
interessante que integrasse o programa. Posto isto, decidimos enveredar pela exploração do movimento. Ideias iniciais: Uma das primeiras ideias que nos surgiu consistia na realização de um boneco de tamanho real desfigurado e destruído,
reaproveitando objetos (como trapos, linhas, cordas, tintas antigas, etc), que se encontraria numa base giratória (controlada pelo
Arduino). Este projeto funcionaria como uma espécie de jogo, onde o espectador se aproximaria do boneco, subindo para a
plataforma (encontrar-se-iam os dois em movimento), e tentaria retirar objetos dos órgãos sem tocar nas bordas (estilo jogo
“operações”). Se por acaso falhassem, esse contacto despoletaria um conjunto de efeitos sonoros pré-selecionados e editados. No entanto, após a apresentação da ideia à turma e ao professor, foram-nos propostas outras formas de explorar este tipo de ideia.
Posto isto, largamos a ideia do jogo e começamos a pesquisar e a focar-nos mais nas sensações de toque e auditivas que
poderíamos explorar. Ainda mantendo a ideia das partes do corpo, alteramos a nossa ideia para algo um pouco mais diferente.
Pensamos em espalhar vários órgãos diferentes por um espaço (sala requisitada) de forma a existirem diferentes pontos de contacto,
onde cada um deles teria uma textura e sensações diferentes (viscosidade, rugosidades, etc) e também despoletariam sons
diferentes.
No entanto, rapidamente encontramos alguns pontos que nos fizeram enveredar por outro caminho (nomeadamente tempo de
realização e custos no arranjo de algum equipamento que iria ser necessário).
Ideia Final: Partimos então para a nossa última ideia, mantendo-a ainda um pouco dentro dessa relação com o corpo humano, no entanto,
enveredando talvez por uma abordagem mais “clínica”. A nossa ideia consistia em pendurar um conjunto de sacos de “sangue” no teto (com diferentes alturas) em que estes pingavam
líquidos com diferentes consistências a diferentes intervalos de tempo, para uma base giratória em baixo que teria diferentes papéis.
Os sacos estariam cheios com líquidos de variados tons de vermelhos e preto, e as folhas da base seriam reutilização de restos
unidas por linha vermelha.
Com o diferente intervalo de tempo nos “conta gotas” tínhamos intenções de criar diferentes padrões, linhas e manchas, nas folhas
da base. Após toda essa dinâmica (onde o arduino seria utilizado para a base), tínhamos ainda pensado na afixação das folhas nas paredes
circundantes do projeto. Queríamos, portanto, criar um momento e um canto em que se distinguisse que aquele era o canto delimitado para o nosso projeto
poder existir e fluir, de modo a manter esta estética de tons avermelhados, negros e pontualmente castanhos.
Para o funcionamento do nosso projeto e integração do programa arduino, tivemos de pesquisar e criar um código que
correspondesse às nossas necessidades (que neste caso consistiam na realização do movimento giratório da placa da base em
tempos e velocidades diferentes random).
Inicialmente o nosso código apenas realizava essas mesmas funções, sendo que para a ação iniciar e terminar, uma de nós tinha
de ligar e desligar a ficha conectada ao computador. No entanto, após a primeira apresentação (e performance) do nosso projeto,
foi-nos sugerida a colocação de um botão que acionasse o movimento, permitindo uma melhor estética visual e facilidade de acesso. 


Ajudas externas: Para este projeto tivemos a ajuda de algumas pessoas por fora do nosso grupo, nomeadamente, Maria Castro
(fornecimento do motor do carro do vidro), Martinho Tavares (fornecimento do arduino uno e acessórios, e ajuda no código), Filipe
Miranda (ajuda na construção do encaixe do motor) e Alexandre Miranda (ajuda na resolução de problemas relacionados com as
peças do arduino).
Na turma também fomos tendo alguma ajuda, quer fosse sugestões, quer fosse empréstimo de materiais. Ao longo do projeto fomos tendo algumas dificuldades e problemas técnicos, no entanto, fomos conseguindo resolver com a
ajuda do professor e dos ajudantes externos, e algumas vezes, autonomamente.
Com este projeto queríamos fazer algo mais conectado às entranhas e interiores do ser humano (física e psicologicamente).
Achamos que de certa forma, utilizamos os sacos de “sangue” representando o que corre nas veias de todos nos (seres humanos),
e ao criar certas formas e padrões e confusões abstratas nos papéis talvez isso representasse esse momento de exteriorização do
sentimento e da alma humana, colocada na arte. Somos seres complexos e confusos, mas que muitas vezes produzem coisas
bonitas. De certa forma conseguimos ver quase essa miscelânea de sentimentos (raiva, revolta, calma, etc) nas manchas produzidas,
sendo que todas as folhas finais são diferentes e únicas assim como todos nós.
Materiais: • Tábua de Plástico • Tábua de Madeira • Arduino Uno • Ibt2 • Motor de vidro do carro • Restos e folhas de papel • Rolo de papel castanho
• Linha vermelha • Agulha • Papel vegetal • Caixa de Plástico • Portátil • Alimentação 12vv • Cabos Macho-Macho • Cabos Macho-Fêmea • Breadboard • Fio de soldar • Manga termo-retrátil • Tupperware de plástico • Cartão • Tinta vermelha • Tinta da china preta • Água • Farinha • Fita cola elétrica preta • Sacos de “sangue” (7 unidades) • Super-cola 3 • Ímans • Camarões (para o teto) (2 unidades) • Fita cola normal, adesiva, e de papel • Sistema de soro com agulha, filtro e conector (7 unidades) • Encaixe do Motor
 
Trabalho realizado por: Carlota Tavares Gabriela Miranda Antonia Spengler Sofia Fial |