Tanto o vídeo como o áudio foram compostos e editados no Kdenlive, à exceção da adaptação do áudio para stereo, tarefa que foi realizada no Audacity. O video foi feito primeiro que o audio, portanto poderá ser dito que o audio acompanha o video. Apesar disto, o video foi feito com o audio em mente e já com um certo percurso definido. O audio utilizado não difere muito do imaginado originalmente. O olho desagregado presente ao longo do vídeo e, maioritariamente, no final, foi modelado e animado no Blender. A textura utilizada para o olho foi criada e editada no Photoshop. O ruído presente no olho no final do video foi conseguido através da adição do modifier displace, assim como uma textura de nuvem. Os valores tiveram de ser completamente alterados para obter o resultado pretendido e, assim que estava satisfeito com o ruído, foram criados keyframes para que o ruído fosse crescendo, acompanhando o áudio. A animação final foi renderizada utilizando o motor de renderização Eevee, uma vez que, apesar de gostar mais da estética, utilizar o Cycles implicaria um tempo de renderização de 90 horas. Para além deste olho foram feitos inúmeros testes e experiências que não tiveram lugar na peça final, apesar de alguns deles terem tido uma complexidade técnica maior. A sincronização do posicionamento dos olhos foi feita no kdenlive e não no blender, uma vez que a presença do video original permite uma edição muito mais precisa e controlada. O áudio é composto pela junção de cerca de 15 samples de áudio e uma onda triangular com frequência entre 30 Hz e 150 Hz, que varia consoante o movimento baixo – cima do olho. Escolhi dar uma dimensão física ao vídeo, exibindo-o numa televisão CRT, através da utilização de um recetor TDT, de modo a transformar o sinal digital em analógico. Foram também utilizadas duas colunas. Obrigado, Alexandre Soares, Gonçalo Ribeiro e Samuel Silva pela ajuda a transportar a televisão CRT do pavilhão sul até ao museu e inversamente; Patrícia Viana Almeida pela cedência de material; Gabriela Leister pela ajuda a desenvolver a dimensão conceptual do trabalho; Júlia Furtado pela inclusão no espaço.
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