Iniciei o trabalho querendo integrá-lo artisticamente num espaço da faculdade, acabando por me inspirar nele e nas estátuas que neles estavam presentes para começar o trabalho. Isto foi-me portanto útil como ponto de partida, mas terminou por não ser o espaço em que apresentei o trabalho devido às suas dimensões. Optei pelo espaço do museu, em que consegui desafiar-me a aproveitar todo o espaço a que tive possibilidade. Coloquei quatro câmaras sobre tripés, com a possibilidade de gravar vários ângulos para montar o vídeo. Acredito que a nova escolha de um espaço imensamente amplo e a montagem das câmaras foram uma catapulta para que o trabalho ganhasse força. Um dos pontos de vista não foi utilizado por perder a qualidade no processo.
Relativamente à dança e à performance em si: Decidi imediatamente que iria fazer uma improvisação, o que foi também um desafio ao interligar com a proposta. A improvisação deveria estar no tempo da música. Por isso optei por uma música marcada e que também contribuísse para criar o ambiente que eu pretendia. Esta improvisação teve um longo ensaio para construir um certo "guia" da improvisação, um certo guião, ou posso também chamar de uma coreografia não definida, e encaixa-se no género da dança contemporânea e moderna. Ficha técnica: Encontrar e comprar figurino; Fazer certos arranjos no figurino; Montar tripés, câmaras e colunas; Encontrar e cortar música; Preparação de espaço; Ensaiar a performance; Realização do vídeo. Pessoas envolvidas: Samuel Silva, Rita Falcão e Renata Caramelo (Câmaras e tripés); António Henriques (Ajuda em resoluções de última hora); Luís Pinto Nunes (Reserva de espaço); Patrícia e André Rangel (Colunas, cabos e tripé); Diana Amadeu (Sugestões relativamente à apresentação). Música: Gidge - Midra |