Arte Cinética e/ou Arte Óptica/OpArt

As I was looking at those clouds I was thinking, wasn’t it John Constable, the early English landscape painter, who sketched clouds to try and convey their motions? That’s right! Well, I thought, why clouds, why not just motion? Why pretend they are moving, why not just move something? All of a sudden it hit me why not just movement? If there was such a thing as composing music, there could be such a thing as composing motion. After all, there are melodic figures, why can’t there be figures of motion? Like the figure eight, for instance, and various other figures. […]

I, myself, eventually came to look at the way things moved mainly to try to feel movement, and only feel it. This is what dancers do; but instead, I wanted to put the feeling of a figure of motion outside myself to see what I’d got .

Len Lye, 1984 In: In Figures of Motion: Len Lye, Selected Writings, edited by Wystan Curnow and Roger Horrocks. Auckland: Auckland University Press.

Optical art is comprehensive in scope and places a binding emphasis on perception. Basically, it distills the principles of art, using them singly and with force and commitment. It is the art of essentials, relying on total abstraction. To the layman optical art is sudden and immediate. [...] Response is direct. A child of five, while viewing an exhibit of optical art, said with delight, "The paintings are playing with me!" Optics, perception, and virtual movement are the responding forces of the observer. [...] The Gestalt principles help analyse optical painting and are also an aid as a synthesising force. [...] Optical painting may take various forms, but its foundation is non-objective perceptual response. Simplicity is its dominant and most essential characteristic. [...] Patterns another form of composition employed by the Op artist.[...]

Rene Parola, 1969 In: Optical Art: Theory and Practice. New York: Dove Publications, Inc.

[…]kinetic sculpture has at times been used in art history today to refer to an antiquated artistic practice, which has consequently contributed to a long-standing "flagrant dearth" of critical and historical engagement with movement in art.  Despite this attitude there has been and increasing amount of exhibitions which have turned to avant-garde kinetic artworks and sought new interpretations of the roles and affects of movement in sculpture and installation. [...] this turn towards movement in art contributes to a key trend in contemporary art and give indiction to our current sense of contemporaneity in art and society.

Christina Chau, 2017 In: Movement, Time, Technology, and Art. Singapure: Springer Nature.

Objectivo

Revisitar e explorar Arte Cinética e/ou Arte óptica considerando conhecimentos e tecnologias disponíveis no principio da terceira década do século XXI.

Pesquisa

Cada estudante faz uma pesquisa sobre obras de arte ou de autores que recorrem às estratégias que caracterizam as obras de arte ditas cinéticas ou ópticas. Desta pesquisa cada  estudante selecciona três obras que incluirá na apresentação do seu trabalho bem como na documentação.

Criação, Desenvolvimento e Apresentação

Cada estudante inventa, desenvolve e apresenta um obra original que responda a um dos três seguintes requisitos: 1, que produza movimento– induzido por forças naturais (animais, vegetais ou atmosféricas) ou mecânicas; 2, estática que favoreça a ilusão de movimento; 3, que combine os dois requisitos anteriores. As técnicas e dimensões da obra são da livre escolha de cada estudante.

O que entregar e apresentar

Cada estudante disporá de cinco minutos para apresentar o trabalho em aula. Cada estudante entrega na base de dados "Pesquisa Arte Cinética/Ótica", as referências às três obras seleccionadas durante a pesquisa. Na base de dados "Entrega Final" cada estudante apresenta o título da obra; uma descrição detalhada da obra; uma ficha da obra onde constem os materiais e técnicas utilizados bem como condições necessárias à apresentação da obra; dois registos fotográficos; e, caso a obra produza movimento, um link para um vídeo com a duração máxima de 1 minuto.

Calendário

20 de Abril: Apresentação da Proposta de Trabalho, Brainstroming.

27 de Abril: Publicação dos resultados da pesquisa na base de dados. Apresentação de Intenções–5 minutos por estudante–, comentários e feedback.

2 e 4 de Maio: Materialização da obra.

18 de Maio: Apresentação Intermédia.

23 de Maio: Arte final.

25 de Maio: Apresentação entre pares. Documentação e publicação do trabalho concluído na base de dados. 


Critérios de avaliação

20% Participação e presença nas aulas; 25% Trabalho autónomo desenvolvido fora da aula devidamente verificável no desenvolvimento da obra; 30% Obra finalizada e respectiva apresentação (Potência estética, Robustez, Originalidade, Mestria Técnica). 25% Descrição e documentação audiovisual do projecto artístico concretizado.

Nota: trabalhos ou documentação apresentados ou entregues fora de prazo serão desvalorizados em 10% (da avaliação global) por cada semana.






PLASTICO, PLASTICO, PLACTICO, AND GREEN GREEN GLOW, Ana Oliveira

"PLASTICO, PLASTICO, PLASTICO, AND GREEN GREEN GLOW

PLASTICO, PLASTICO, PLASTICO, AND GREEN GREEN GLOW

PLASTICO, PLASTICO, PLASTICO, AND GREEN GREEN GLOW

PLASTICO, PLASTICO, PLASTICO"


A ideia para este projeto surgiu após ter experimentado apontar o flash do telemóvel para uma garrafa de 7up, e de ter percebido o potencial estético e plástico das projeções dos contrastes e das texturas do plástico PET. O trabalho consiste em 6 estruturas feitas de garrafas plásticas, deformadas e aglomeradas, entre um circuito de LEDs de potência controlados por Arduino. A peça é acompanhada por uma faixa sonora feita através da edição da música Plastic Beach de Gorillaz.  


A obra deve ser apresentada num espaço escuro com paredes brancas, numa sala pequena ou num canto junto às paredes.

Materiais:

-Base branca MDF reaproveitada

-Stock de garrafas PET recolhidas ao longo dos dias em casa

-Maçarico de cozinha para a deformação do plástico

-Pistola de cola quente para a montagem das peças

-4 Transístores

-4 LEDs de potência 

-Placa de circuito perfurada

-Arduino UNO

-2 transformadores de 5V (1 para o arduino e outro para o circuito)

-Resistências e fio para circuito.

-2 Colunas

Processo criativo e exploração:

O processo do trabalho começou pela procura da fonte de luz mais adequada. Primeiramente experimentei lâmpadas comuns, mas por serem luzes difusas, pouco ou nada captavam dos contrastes pretendidos. Apesar de ter obtido melhores resultados improvisando um foco através de cartolina preta, esta não seria uma solução viável para a ideia do projeto, para além de ainda deixar muito a desejar em comparação ao telemóvel. Depois de ter falado com a Patrícia Almeida, a técnica aconselhou-me a procurar por uma fonte de luz que consistisse de um só LED, semelhante ao flash do smartphone. Na Mauser encontrei leds de potência, e comprei de 1W, 2W e 3W. Estes LEDs atuaram exatamente como o flash, e mesmo o de 1W já tendo a potência suficiente, decidi seguir com o de 3W para ter mais margem para regular as luzes.

Os LEDS requeriam muito mais corrente do que o arduino podia dar, e por isso foram usados transístores e uma fonte de energia externa para alimentar o circuito. Inicialmente explorei também o uso de dois motores de 360º para rodar duas das peças, de forma a variar a prespetiva das projeções ao longo da rotina dos LEDs, contudo o resultado não foi o esperado e achei que as peças estáticas eram preferíveis tanto esteticamente quanto funcionalmente.

Para a construção das peças, inicialmente pretendia fundi-las através do calor. Fiz alguns testes com o fogo de uma vela, e mais parte passei para o maçarico de cozinha. Não foi possível fundi-las pois o plástico PET perante o calor deforma-se e encolhe, sendo que quando tentava juntar dois pedaços, eles contraiam-se em si mesmos. Perante esta descoberta, aproveitei a oportunidade para deformar todas as peças, o que ajudou na composição e a criar formas mais interessantes, mas desta forma teria que recorrer à colagem e não à fundição. O plástico PET é um material de difícil colagem, e após alguma pesquisa conclui que a cola quente seria a melhor opção, que acabou por comunicar bem com a estética das peças. 

Esquema do circuito elétrico:

Circuito dos LEDs

Ficha Técnica:

Manipulação e montagem das estruturas de plástico- Ana Oliveira

Programação em arduino- Ana Oliveira

Soldagem e Design do circuito elétrico- Marco Oliveira

Edição da música ambiente (Plastic Beach- Gorillaz)- Ana Oliveira

Empréstimo dos suportes para as colunas e para a base MDF- Diana Oliveira



https://youtu.be/9UcnHlJK87U